Está claro para todos a grande força vital que provém da natureza: suas folhas, raízes, flores e frutos que naturalmente nos elevam, seu perfume nos traz paz, alegria e bem-estar em todos os níveis: físico, espiritual, emocional e mental.
O uso das plantas aromáticas e o conhecimento de seus efeitos milagrosos foram registrados na história graças as literatura védica da Índia, bem como nos textos históricos da medicina chinesa, regiões onde as plantas aromáticas são abundantes. A motivação principal, para buscar na natureza benefícios, era o tratamento dos males que acometiam a população. O médico grego Hipócrates (460 a.C.-377 a C.), conhecido como pai da medicina, nos seus escritos, faz referência a um vasto número de plantas medicinais.
Convém ressaltar que, apesar de todos os benefícios, o uso indiscriminado das plantas sem o devido conhecimento de suas propriedades, é extremamente perigoso.
Aromaterapia esbarra na falta de pesquisa científica.
Alex Moreira Carvalho, Professor de Psicologia, Universidade Presbiteriana Mackenzie, em seu livro Aprendendo Metodologia Científica diz que: " Na verdade, pode-se falar, de uma maneira um tanto esquemática, na existência de vários tipos de conhecimento, isto é, de diferentes formas de se abordar a realidade, buscando-se compreendê-la ou explicá-la. Assim, o conhecimento pode ser do tipo senso comum, artístico, filosófico, teológico ou científico." E afirma que: " São todos, na verdade, campos que se interpenetram e que mantêm pelo menos um vínculo em comum: questionar a realidade de forma a estar sempre discutindo as possibilidades da felicidade humana. No entanto, existem algumas características que, de uma maneira geral, delimitam o campo da ciência."
A grande maioria dos estudos científicos, patrocinados pela indústria, sobre os óleos essenciais, tem como objetivo principal estudar e comprovar suas ações antimicrobianas, bactericidas, sépticas e anti-virais. Já as pesquisas em relação aos benefícios emocionais abordados na aromaterapia não desperta interesse da indústria, já que aqui seria necessária uma abordagem mais holística; que leva em consideração a pessoa como um todo, não somente como um conjunto de seus sintomas. Entretanto o caminho para mais pesquisas foi aberto por uma dupla de cientistas americanos (Linda Buck e Richard Axel), que ajudaram a decifrar o sentido do olfato e por esse feito em 2004 ganharam o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia.
Existem duas abordagens para o uso dos óleos essenciais:
Benefícios de aspectos farmacológicos
Benefícios de aspectos emocionais (aromaterapia)
Destacaremos aqui os benefícios emocionais de forma compatível, ou seja, que funciona em conjunto com outras abordagem.
Alguns exemplos:
Alecrim (Salvia rosmarinus)
antisséptico
estimulante geral
Principais componentes
α-pineno (40,55% a 45,10%)
1,8 cineol (17,40% a 19,35%),
canfeno (4,73 a 6,06%),
verbenona (2,32% a 3,86%)
borneol (2,24% a 3,10%)
Precauções:
não usar durante a gravidez
não usar se hipertenso
não usar se epilético
Benjoim (Styrax benzoin)
combate o esgotamento emocional
diminui a agitação
diminui a tristeza
purifica o ambiente
Principais componentes
ácido benzóico (20%),
ácido cinâmico (20%),
pequenas quantidades de benzaldeído, pequenas quantidades de estirol e
pequenas quantidades de vanilina
Precauções:
não usar puro sobre a pele,
nunca deve ser ingerido.
Bergamota (Citrus bergamia)
acalma
relaxa
revigora
Principais componentes
Linalol (15 %)
Gama Terpinene (10%)
Limoneno (36%)
Acetato de Linalila (30%)
Precauções:
não usar puro sobre a pele,
nunca deve ser ingerido.
não se exponha ao sol
pode causar irritação cutânea
Capim Limão (Cymbopogon citratus)
acalma
relaxa
revigora
Principais componentes
citral (70 a 85%)
Precauções:
não usar puro sobre a pele,
nunca deve ser ingerido
pode causar irritação cutânea
Eucalipto (Eucalyptus globulus)
clareia e estimula a mente
revigora
Principais componentes
1,8-cineol e
alfa-pineno
Precauções:
não usar puro sobre a pele,
não deve ser ingerido
Erva Cidreira (Melissa officinalis )
efeito calmante
redução do estresse
Principais componentes
citronelal (2-40%),
citral (mistura de neral e geranial: 10-30%), β-cariofileno,
germancreno D,
ocimeno e
citronelol
Precauções:
não usar puro sobre a pele,
não deve ser ingerido
Pimenta Preta (Piper nigrum)
promove a objetividade
melhora o ânimo
Principais componentes
Piperina (98%)
Precauções:
não usar puro sobre a pele,
não deve ser ingerido
Ao desenvolver nossas sinergias/blends levamos em consideração, de forma racional e objetiva, a harmonização dos óleos essenciais que sua combinação acentuem um ao outro e que produzam um aroma agradável.
Esperamos que tenham gostado da leitura.
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