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Foto do escritorClaudia Leite

PARE! PENSE! MUDE!

Seu sono, sua alimentação, sua saúde emocional, seus relacionamentos e o que mais quiser. Os seus hábito são responsáveis por grande parte de seus problemas, mas é possível mudar qualquer hábito de forma consciente desde que a persistência para mudá-lo seja maior que a persistência dele próprio, se não o hábito antigo permanecerá. Somos uma rede complexa de hábitos interligados. Um hábito influencia no outro.



Há duas décadas psicólogos, sociólogos, publicitários e cientistas do cérebro começaram a pesquisar e, finalmente, entender os hábitos – e, mais importante, como podem ser transformados. Embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com o tempo, têm um enorme impacto na saúde, na produtividade, na estabilidade financeira e na felicidade.


Depois de ler centenas de artigos acadêmicos, de fazer entrevistas com mais de 300 cientistas e de se debruçar sobre centenas de pesquisas, o repórter investigativo do “New York Times” Charles Duhigg (ganhador do Prêmio Pulitzer, graduado pela Universidade Yale e Harvard Business School) elaborou o livro “O Poder do Hábito”. Ele traz um argumento animador: a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar bem os filhos, se tornar uma pessoa mais produtiva, criar empresas revolucionárias e ter sucesso é entender como os hábitos funcionam.


“Até que você torne consciente o inconsciente, isso direcionará sua vida e você chamará de destino.” ─ Carl Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço (1875-1961)

Hábitos são comportamentos automáticos desenvolvidos após uma série de aprendizados. Costuma-se executá-los sempre nos mesmos contextos e situações. Porém quando algo acontece inesperadamente (como, por exemplo, o surgimento da COVID-19) são estabelecidas novas regras que conseguem promover mudanças de hábito, porque mexem com um contexto muito estável. “O sujeito sabe que alguma coisa mudou, o ambiente ficou diferente.” Afirma o psicólogo Fábio de Cristo, doutor em psicologia, professor do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e pesquisador colaborador da Universidade de Brasília (UnB).

Um hábito é a intersecção entre o conhecimento, a habilidade e o desejo (COVEY, 2005) sendo assim; somente quando nos livramos dos condicionamentos e despertamos para a nossa realidade pessoal, seremos livres para alcançar as condições que nos fazem felizes (Carl Jung).


OBJETIVO + DESEJO + PLANO + TEMPO = MUDANÇA DE HÁBITO



Como? Bem existem vários processos que podem facilitar sua jornada. Vamos destacar aqui as lições do livro de Duhigg, que já citamos no início.


Segundo o autor O Ciclo do Hábito, também conhecido como o Loop do Hábito, é um padrão neurológico que governa qualquer hábito. Consiste em três elementos: uma deixa, uma rotina e uma recompensa. Entender esses componentes pode ajudar a entender como mudar os maus hábitos ou formar bons.


Elementos do Ciclo do Hábito


O Gatilho

O gatilho, ou a deixa, para um hábito pode ser qualquer coisa que desencadeie o hábito. Os gatilhos geralmente se enquadram nas seguintes categorias: um local, uma hora do dia, outras pessoas, um estado emocional, ou uma ação precedente imediata. Por exemplo, todos os dias às 14h30, alguém pode desejar chocolate da máquina de venda automática no prédio vizinho, ou o cheiro da cafeteria lá embaixo impulsiona alguém a tomar um café com leite. Um outro exemplo, a música dos caminhões de sorvetes podem ser um sinal muito poderoso. O gatilho diz ao cérebro para entrar no modo de processamento automático e é preciso esforço para resistir a esse sinal, em contraste com a satisfação de seguir esse impulso.


A Rotina

A rotina de um hábito é o elemento mais óbvio: é o comportamento que você deseja mudar (por exemplo, fumar ou morder as unhas) ou reforçar (por exemplo, pegar a escada em vez do elevador, ou beber água em vez de lanchar).

A Recompensa

A recompensa é a razão pela qual o cérebro decide que os passos anteriores merecem ser lembrados para o futuro. A recompensa proporciona um reforço positivo para o comportamento desejado, tornando mais provável que você venha a produzir esse comportamento novamente no futuro. A recompensa pode ser qualquer coisa, desde comer um chocolate ou ver meia hora de televisão.


Causar Curto-Circuito no Ciclo do Hábito

Como o ciclo de hábitos governa muitas das respostas automáticas aos estímulos/gatilhos, o curto-circuito do de hábitos pode ser o meio para superar maus hábitos. Charles Duhigg, o autor de O Poder do Hábito, sugere a seguinte estrutura para remodelar os maus hábitos.

Identificando a Rotina

A maioria dos hábitos tem uma rotina que é bastante fácil de identificar: é o comportamento que você deseja mudar. O que se segue por identificar o gatilho e a recompensa. No livro o autor descreve seu próprio hábito de ir à cafeteria à tarde e pegar um biscoito de chocolate e depois sentar-se com os amigos para conversar.

Experimentando com as Recompensas

A recompensa por um determinado hábito nem sempre é tão óbvia quanto se possa pensar. Enquanto a recompensa por um desejo cotidiano de chocolate pode ser apenas o desejo de comer algo doce, poderia também ser um desejo de interação social resultante da compra do chocolate no mercadinho, ou o desejo por um impulso energético proveniente das calorias (que poderia, por exemplo, ser substituído por uma maçã ou um café). No caso de Duhigg, ele deseja o chocolate ou só queria caminhar? Ele estava com fome ou estava apenas procurando interação social?

Experimentar com recompensas é a parte mais demorada do processo de "hackeamento" de seus hábitos. Cada vez que você sentir vontade de repetir sua rotina, tente mudar a rotina, a recompensa, ou ambas. Acompanhe suas mudanças e teste diferentes teorias sobre o que impulsiona sua rotina. Cada vez que você experimentar uma rotina diferente, pergunte-se após 15 minutos se você ainda está desejando a "recompensa" original. (Duhigg descobriu que seu desejo foi embora depois de apenas conversar com amigos - ele realmente ansiava pela socialização, e isolou esse desejo ao experimentar as recompensas.)

Isolando o Gatilho

Com a abundância de estímulos que bombardeiam você a cada dia, isolar o gatilho de um hábito é uma tarefa difícil. Experimentos têm mostrado que os gatilhos habituais geralmente se enquadram em uma das cinco categorias mencionadas anteriormente. Para identificar os padrões de comportamento e tentar reduzir o que poderia estar desencadeando seu hábito, escreva respostas para as seguintes perguntas:

  • Onde você está?

  • Que horas são?

  • Qual é seu estado emocional?

  • Quem mais está por perto?

  • Que ação precedeu imediatamente esse impulso?

No caso do autor ele descreve que sua rotina era ir ao refeitório por volta das 15h30, comprar um chocolate e conversar com os amigos. A recompensa, ele descobriu, não era o chocolate em si, mas a oportunidade de socializar. Assim, ele criou um plano para contornar seu hábito: Às 15h30, todos os dias, vou caminhar até a mesa de um amigo e conversar por 10 minutos.


Tenha um Plano

Ao implementar o plano teve seus contratempos mas após algumas semanas de dedicação a sua nova rotina, ele agora a faz inconscientemente, como um hábito. Só que dessa vez um hábito que é melhor para ele.



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Um aplicativo de produtividade gratuito que usa gamificação. Ele transforma tarefas diárias, hábitos e quaisquer afazeres em metas, dando recompensas conforme o usuário os resolve – tal como em um jogo. O app está disponível para Android e iPhone (iOS).

Segundo o site de tecnologia TechTudo um das coisas mais importantes a se dizer é a possibilidade de adicionar não apenas tarefas a cumprir, mas hábitos que você quer abandonar. Roer unha, ficar no Facebook, tudo isso pode ser configurado como prática negativa, que retira saúde do usuário. A própria plataforma permite definir alarmes para que você não esqueça de realizar os afazeres, que pode ser diários, semanais, mensais ou anuais, além da gamificação do Habitica ter sido muito bem construída. https://habitica.com/static/home


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