Os mais antigos cheiros conhecidos são os da fumaça que exalava da queima de madeiras, especiarias, ervas e incensos. A palavra perfume chegou ao português por meio do francês parfum retirado do italiano profumo, do latim, per + fumum = per (de) e fumum (fumaça), através da fumaça.
A origem do perfume se deu a partir de 3.000 a.C., no esplendor da civilização egípcia. Acreditavam que seus pedidos e orações chegariam mais rápido aos deuses se viajassem nas nuvens de fumaça aromática que subiam aos céus. Mirra, musgo de carvalho, resina de pinho, entre outros ingredientes com propriedades anti-microbianas, eram utilizados no ritual de mumificação, cujos incríveis resultados são admirados até hoje.
Os gregos, por volta de 800 a.C., já exportavam óleos de flores e plantas maceradas. Apreciavam incensos e fórmulas aromáticas, e acreditavam atrair a atenção dos deuses ao usá-los.
Por volta de 650 a.C a cidade da Babilônia, na Mesopotâmia, tornou-se o centro comercial de especiarias e perfumes da época. Alexandre, o grande entregou sementes e mudas de plantas da Pérsia ao seu professor em Atenas, Theophrasti Eresil, que criou um jardim botânico e foi autor do primeiro tratado sobre cheiros. Esse livro detalhava receitas de preparados aromáticos e perfumes, descrevendo prazos de validade e indicando usos terapêuticos. O texto diz que os perfumes deviam ser protegidos do sol, pois a luz e o calor alteravam seu odor. Essa lição é válida até hoje.
Império Romano, no século III, Roma se tornou a capital mundial do banho, luxuoso ritual jamais visto em qualquer outra cultura. O banho incluía poções aromáticas variadas.
Os árabes ofereceram à humanidade o primeiro alambique, graças ao alquimista Avicenna, que criou a serpentina de resfriamento. Ele descobriu o método da destilação e preparou a primeira água de rosas do mundo, isolando o perfume das pétalas em forma de óleo (o attar, produzido na Síria).
Os Cruzados difundiram pelo ocidente as fragrâncias originárias do mundo árabe, eles voltavam das batalhas com preciosidades exóticas na bagagem: especiarias, ungüentos perfumados e essências variadas.
Na Idade Média: os jardins dos mosteiros tiveram grande importância para o estudo e a descoberta das propriedades terapêuticas das plantas.
A renascença: o interesse pela medicina e pela saúde cresceram, estimulando novos hábitos de higiene. A Officina Profumo di Santa Maria Novella, fundada oficialmente em 1612 em Florença data de 1221, quando os frades dominicanos iniciaram as atividades da farmácia que produzia essências, pomadas, bálsamos e outras preparações medicinais; muitas desta fórmulas são produzidas até hoje.
A cidade francesa de Grasse tornou-se a cidade do perfume, e tinha muitas vantagens geográficas para isso; localizada na Provença tinha jardins em que as plantas do Oriente e da Península Ibérica cresciam maravilhosamente — especialmente as frutas cítricas e as flores,
como rosa, cravo e jasmim.
No início do século XVIII ; o sueco Carl von Linné foi um dos primeiros a desenvolver um sistema de classificações de odores. O italiano Giovanni Maria Farina, conhecido depois como Jean-Marie Farina, registrou na cidade de Colônia, na Alemanha, um produto batizado com o nome de Kölnisch Wasser (Água de Colônia) era feita com essências naturais da Itália: neroli, bergamota, lavanda e alecrim diluídos em álcool neutro. Mais tarde, em 1790, surgiu a célebre Kölnisch Wasser Nº 4711, criada por Mülhens.
Revolução do Perfume: a Revolução Industrial contribuiu com para o desenvolvimento da química, e por meio de pesquisas científicas, a perfumaria ganhou um novo impulso, deixando de ser uma atividade artesanal para entrar no âmbito da produção industrial. Nas últimas décadas do século XIX, as fronteiras da perfumaria estavam para ser ultrapassadas nos laboratórios, com a descoberta das estruturas das moléculas perfumadas, e sua posterior síntese química. Danielle Allérès diz no seu livro Estratégias Marketing (2008, p. 138)
Numerosas descobertas científicas e técnicas, desde o final do século XIX (química de síntese: processo Solvay), estão na origem da revolução do fabrico dos perfumes e produtos de beleza: a produção industrial toma o lugar da produção artesanal; os produtos ganham mais segurança e caem seus custos de produção.
Descobrindo o poder da aromaterapia
Segundo a aromaterapia, os aromas que são oriundos de fontes naturais, como plantas, flores, cascas, folhas e até raízes e que dão origem aos óleos essenciais, as diferentes partículas liberadas chegam até nós através do olfato e depois de percorrerem um caminho ativam nosso sistema límbico, que está associado às emoções, ao humor, à memória e aos nossos padrões de comportamento.
Portanto a resposta emocional da mente a um determinado aroma pode trazer benefícios diversos, como melhorar a qualidade do sono, reduzir os sintomas de estresse e ansiedade, auxiliar no combate à depressão, aumentar a sensação de bem-estar e promover o relaxamento da mente e do corpo.
Para desfrutar dos efeitos benéficos dos óleos essenciais é preciso conhecer todas as suas particularidades tais como:
quais componentes químicos fazem parte de sua composição;
quais são os efeitos que causam;
quem não deve fazer uso;
Sinergia ou Blends
Assim são chamadas a composição de óleos essenciais com a finalidade de acentuar um ao outro. Esta harmonização de aromas, além de criar um novo aroma, tem o poder de potencializar o efeito desejado e este é o nosso objetivo; tirar maior proveito das sinergias criando memória, emoção e que seja capaz de alterar um padrão de comportamento.
O spray ajuda a espalhar o aroma por todos os locais que se deseja
Já os blends concentrados, são usados em difusores elétricos. São muito simples de usar: basta escolher blend/sinergia/aroma que você quer que exale pelo espaço, pingar algumas gotas no compartimento junto com água potável e ligar o produto na tomada. Em pouquíssimo tempo você sentirá o perfume espalhado pelo ar.
Aproveite o poder dos aromas e muito obrigada pela leitura!
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